Você conhece a sua EVM?

A medição de magnitude vetorial de erro (EVM) é relativa, mas qual é a referência?

A medição de magnitude vetorial de erro (EVM) é relativa, mas qual é a referência?

Sua tarefa

As medições de EVM são comuns. Se você é um engenheiro de testes que trabalha com um determinado conjunto de equipamentos, a comparabilidade de EVMs não deve sequer passar pela sua cabeça. No entanto, se o seu trabalho inclui comparar os resultados de EVM de diferentes conjuntos de equipamentos, com certeza você se importa com a capacidade de repetição das EVMs em todas as configurações para testes. Diferentemente da MER por exemplo, que é normalizada para a potência média do sinal de referência por definição, a normalização de EVM não é predefinida.

A equação mostra claramente a EVM como a raiz quadrada da potência de erro sobre uma potência de referência.

A equação (lateral direita) mostra claramente a EVM como a raiz quadrada da potência de erro sobre uma potência de referência.

Embora geralmente não haja confusão a respeito da potência de erro, existem duas versões populares da potência de referência que podem fazer uma diferença significativa na leitura de EVM.

Em muitos casos, a EVM faz alusão à potência média (RMS) do sinal de referência (ideal). Algumas aplicações também usam a potência de pico do sinal de referência como a potência de referência. Obviamente, não há certo ou errado aqui. Isso dependerá da sua tarefa de medição e dos resultados esperados.

A solução da Rohde & Schwarz

A maior parte das funções genéricas de medição da Rohde & Schwarz fornecem aos usuários diversas opções de potência de referência. A configuração padrão (normalmente inalterada) é a potência de RMS.

Afinal, por que isso faz diferença?

Imagine o sinal de QPSK. Considerando somente os instantâneos de símbolo (onde a EVM normalmente é avaliada), não há diferença entre a potência de RMS e a de pico, visto que todos os símbolos têm a mesma amplitude.

Para um sinal de 64QAM, isso pode fazer uma grande diferença, de até 3,7 dB. O APSK ou as modulações QAM de ordem superior podem resultar em diferenças ainda maiores. Considerando a captura de tela, podemos ver uma EVM de 1,22% (ou –38,3 dB) e uma EVM de 1,87% (ou –34,6 dB) medidas exatamente com base nos mesmos dados. Na primeira medição, a EVM é normalizada de acordo com a potência de pico da constelação de 64QAM. A segunda EVM é referente a uma medição normalizada de RMS. O coeficiente de valores corresponde exatamente a 3,7 dB.

A escolha de usar a normalização de pico ou RMS dependerá da aplicação, mas as comparações devem ser feitas somente com itens idênticos.

Análise de EVM do 64QAM
Análise de EVM do 64QAM: os dados de medição apresentaram dois resultados diferentes: EVM normalizada para potência de pico (superior) e para potência de RMS (inferior)
Constelação de 64QAM
Constelação de 64QAM: potência de RMS em azul e potência de pico em vermelho